quinta-feira, 26 de julho de 2012

Chamas de sangue.

Cerca de dez mil anos atrás, uma nova raça foi criada na terra. Uma raça de verdadeiros demônios, sanguinários, sádicos e sem limites. Essa raça quase exterminou toda a raça humana da face da terra, os que sobreviveram são escravos , os outros se escondem aguardando o dia que poderão se vingar desses assassinos para poderem viver em paz novamente.
Coitados.. que fiquem aguardando... pela morte.


"Jake o que você esta fazendo aí?" Dizia Mary escalando a torre em que eu estava.


"Nada, vá embora." Disse num tom seco para espantar a garota.


Os vampiros em si , não tinham muitas regras para se seguir, cada um fazia o que queria da vida , diferente do que muitas lendas descreveram, sol não nos queima, alho nem chega perto de nos fazer mal, também não tem nada de estaca de madeira, bala de prata e essas coisas. Só existia uma regra mortal para um vampiro. JAMAIS, NUNCA, se envolva com outro da mesma espécie. Se o fizer, você vira cinzas instantaneamente. Mas você pode pelo menos ter amizade com eles.


"Ei Jake, você soube o que aconteceu com a Melissa e o Seth?" Dizia Mary agora sentada do meu lado olhando para o além.


"Não, não soube, o que aconteceu?"


"A Meli era apaixonada pelo Seth... Eles se beijaram e .."
De repente a imagem de Melissa queimando e gritando envolveu minha mente por completo. Era como se eu sentia sua dor, seu grito era ensurdecedor...


"A nossa raça ta cada vez diminuindo mais, os vampiros estão se apaixonando e se matando" Mary agora estava triste, ela era muito amiga de Melissa.


"Burros" Disse ainda encarando o nada.


Eu nunca fui do tipo que criasse muitos laços com os outros da minha espécie, eu só gostava de matar, matar era minha diversão, matar era meu entretenimento, a morte era minha melhor amiga.
A Mary era a única que eu  conversava por que é a unica que eu conheço desde que eu lembre da minha existência.


"Jake, você nunca se apaixonou por alguém?" Mary agora me encarava.


"Não, não vejo porque fazer algo estúpido que vá acabar com a minha existência."


Mary então ficou quieta e saiu do meu lado disparando em direção a cidade. Eu permaneci ali por mais algum tempo e apaguei mentalmente.
Quando percebi já estava anoitecendo, precisava me divertir um pouco..
Em um pulo saltei da torre e pousei levemente no chão e corri em direção a floresta. Sábia que lá era o melhor lugar para encontrar alguns humanos fugitivos, deixei o animal em mim me controlar, então a sede por sangue me inundou.
Uma brisa fraca bateu, com ela o cheiro forte de um humano, por reflexo disparei na hora na direção desse cheiro. Quando cheguei lá ouvi gritos e senti o cheiro de sangue muito mais forte. Significava que já tinha alguém brincando com a minha refeição. Andei agora mais lentamente em direção os gritos , logo paralisei com o que vi.
Era uma mulher, extremamente bonita, cabelos longos e pretos, usava uma calça de couro completamente grudada em seu corpo, o que fazia suas curvas ficarem completamente visíveis, e WOW que mulher gostosa. Tinha uma sensualidade incrível , o olhar feroz, aquela mulher prendeu minha atenção por minutos. Até que ela notou minha presença.


"Uh... Oi? Quem é você?" Disse ela quebrando o pescoço do ultimo humano que gritava de desespero em suas mãos. 


"Ãhn... eu sou.. érrrr, Jake." Ok, eu estava sem jeito.


"Olá Jake sou Evan." Disse ela com um sorriso no rosto. "Então... Você veio aqui caçar?" 


"É, vim sim. Mas pelo jeito você acabou com a minha diversão" Disse fazendo bico. 


"Poxa desculpa, não era minha intenção" Respondeu ela dando uma pequena gargalhada. "Como desculpas irei te ajudar a achar lanchinhos novos pode ser? " 
"Claro." 


Normalmente eu só recusaria e iria por conta própria, mas essa mulher realmente chamou minha atenção. Precisava conhecer mais sobre ela. 
Depois daquele dia eu e ela ficamos juntos como um só. É claro que eu de jeito nenhum iria falar o que passava por dentro de minha mente. O que ela iria achar? Que eu sou um vampiro pervertido que só quer fazer ela pegar fogo LITERALMENTE? 
Mas de alguma maneira eu pensava que ela sentisse o mesmo sobre mim. Logo minhas duvidas acabaram, num dia durante uma caça, ela de repente parou pensativa e me disse : 


" Você se arriscaria por um amor?" 


Eu fiquei completamente paralisado, não sabia o que responder, se eu espondesse que sim, estaria mentindo, porque isso iria contra todos os meus princípios. Mas se eu dissesse não, seria como me apunhalar pelas costas, pois sabia que no fundo eu sentia algo por ela. 


"Porque a pergunta?" Disse ainda de costas para ela. 


"Não se faça de inocente, eu sei que você sente algo por mim, e eu sinto algo por você" Disse ela quase gritando. 


Naquele momento tive as duas respostas que eu precisava: Ela sabia o que eu sentia, e sentia o mesmo por mim. Mas de alguma maneira eu não fiquei feliz com aquilo, eu fiquei com raiva, não entendi o porque, mas tudo que eu queria fazer era simplesmente sair dali. 
"Você não sabe de nada." Foi tudo que eu tive coragem de botar para fora. 
Sem ao menos perceber eu estava correndo, precisava correr, precisava chegar em algum lugar, em um ponto de apoio. Mary. 
Enquanto as árvores passavam como borrões ao meu redor, as palavras que Evan havia dito ficavam ecoando em minha mente 'eu sinto algo por você' era o que mais se repetia. 
Porque aquilo? Porque agora? 


Logo consegui localizar o cheiro de Mary e cheguei onde ela estava, contei tudo que tinha acontecido. Mary ouviu cada detalhe sem atrapalhar. 


"...Então eu sai correndo para falar com você" Terminei dizendo com a cabeça baixa. 


"WOW. Você era a ultima pessoa que eu esperava me falar isso" Disse ela rindo da situação. 


"Não tem graça Mary" 


Foi aí que ela conseguiu perceber a dor no meu olhar e ficou séria. 


"Jake... Não há nada que eu possa fazer. Essa é uma pergunta que você tem de fazer para você mesmo. Você se arriscaria por amor ?" Disse ela num tom sério mas sem esperar uma resposta. 


"Eu só preciso pensar" 


Me levantei e fui para o alto da torre onde eu sempre ficava. Lá era um ótimo lugar para pensar, o vento batia forte, como se fosse para levar embora a dor que sempre me cercava. Mas não hoje. 
Fiquei pensando por horas sobre o que eu poderia fazer, mas nada, nunca chegava em lugar algum. Já estava quase amanhecendo quando eu cheguei a uma conclusão. Saltei da torre para ir de encontro com Evan que estava vindo em minha direção. 
Caminhei lentamente assim como ela, quando paramos estávamos frente a frente, parados ao lado da maior árvore da floresta. Evan ficou me encarando sem dizer nada. O mesmo eu. Ficamos assim por minutos. Até que eu criei coragem : 


"Cheguei a uma conclusão" Disse desviando o olhar. 


Ela por algum motivo ficou feliz, eu não entendia o porque, ela se encostou com a grande árvore e me puxou para que eu ficasse quase colado nela. 


"Eu sabia que você também sentia." E abriu um grande sorriso. 
Eu permaneci sem falar nada novamente, ela ficou me encarando esperando que eu dissesse algo. 


"Entãao...?" Disse ela com um sorriso de orelha a orelha. 


"Minha decisão é boa..." comecei falando. Ela não se aguentou  e me puxou para me beijar, a quase 1 centímetro da boca dela eu parei "... para mim". 


De repente era apenas o silêncio. Eu apenas sentia algo quente em minha mão, o sangue de Evan, minha mão estava atravessada pelo seu pescoço, mas ela ainda respirava. Cheguei perto do ouvido dela para poder dizer :


"Se eu e você continuássemos vivos, sofreríamos juntos com a dor de termos de ficar separados. Mas se um matasse o outro, a dor poderia ser superada. Desculpa" 


Então eu tirei minha mão de seu pescoço. Evan caiu, morta. Só um vampiro poderia matar outro vampiro. 


Dei as costas para o corpo de Evan, não voltaria para o encontro de Mary, não merecia o olhar dela, não depois disso. 


Eu nunca fui do tipo que criasse muitos laços com os outros da minha espécie. Eu só gostava de matar, matar era minha diversão, matar era meu entretenimento...
... Agora era apenas eu e minha melhor amiga morte. 

DARKNESS GETTING DEEP .

"Ei , o que você esta fazendo aí?" 


Droga, tenho que fugir, mas... mas... 


"EI !! O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO COM ESSA GAROTA ? SOLTE-A OU 
CHAMAREI A POLÍCIA" 


Droga. Já era, tenho que fugir. 


As coisas nem sempre foram assim tão complicadas, eu costumava ser normal, tinha amigos, familiares, ia para a escola, fazia tudo que um humano comum fazia, até aquele dia.. 


"Mike? Ei, Mike acorde, você vai se atrasar pra escola. "


"Só mais 5 minutos mãe" 


"Nada de 5 minutos, levante já dessa cama ou eu te tiro a força" 


"Ta! Ta! Já entendi, tô levantando. Que saco..." Eu dizia saindo do meu ninho de cobertores. 


"Acho bom. Estou saindo para o trabalho o café esta na mesa." Dizia minha mãe enquanto saia e fechava a porta.
Era um dia comum, ensolarado, pássaros cantavam, crianças brincavam na rua. Tudo dentro do comum, mal sabia eu...
Com o pouco de coragem que tinha dentro de mim, levantei de vez e fui tomar um banho e me vestir. Com mais preguiça do que quando acordei desci as escadas e fui tomar café. 


"BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM DIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MIKE" Dizia Lizie, minha pequena irmã de 6 anos sentada no sofá assistindo mais um episódio de Bob Esponja. 


"Yô Li" Respondi com um aceno não muito animado. 
Tomei meu café quase caindo por cima da mesa de tanta preguiça. 


"Ei, Mike... Você me leva pra brincar no parquinho quando você chegar da sua escola?" Dizia Lizie com uma cara de ' se você não me levar será castigado até a morte ' . 


"Claro" Era a única coisa que eu podia responder. 
"Obrigada mii." Ela respondeu e saiu pulando de volta para terminar de assistir o seu desenho favorito. 


Fui caminhando para a escola, como sempre fazia... Só que naquele dia, algo não parecia certo, como se um avião fosse cair em cima da minha cabeça a qualquer momento. Eu sentia a atmosfera mais pesada. Alguma coisa iria acontecer. Eu me sentia ... vigiado. 
Foi aí que por um segundo vi uma figura negra pelo canto do olho, mas, quando olhei de novo não estava mais lá.


"Deve ser o sono" Pensei alto. 


"NÃO É" Alguém logo atrás de mim respondeu. 


E quando olhei pra trás, e tudo ficou escuro em menos de um segundo, tudo ao meu redor estava escuro, a rua havia desaparecido. Eu respirava com dificuldade, não conseguia me mexer. Não sabia o que pensar. A única coisa que eu soube falar era:
"A-a-aonde estou?" 
De repente comecei a ouvir passos vindo em minha direção, mas não conseguia enxergar nada, nada além de escuridão. 
Foi aí que um homem alto e muito elegante surgiu da escuridão sorrindo


"Olá Mike." ele dizia. 


"O QUE VOCÊ QUER? AONDE ESTOU ? O QUE VOCÊ QUER?" Gritei automaticamente. Aquele cara me assustava, muito.


"Ei, calma calma garotão, vamos conversar. Esperei tanto tempo para isso" Dizia ele sentando em algum tipo de cadeira invisível. 


"CONVERSAR SOBRE O QUE? O QUE VOCÊ QUER COMIGO? DIGA DE UMA VEZ!" Eu tentava com todas as forças, mas, não conseguia sair do lugar. 


"Pelo jeito terei que fazer um resumo. Bom, primeiramente olá meu nome é Lummeo e você esta na .. hm.. Entrada do inferno, é , pode chamar assim." 


"Entrada do inferno, como assim ? O que você fez comigo? Eu morri?" Não... Eu não podia estar morto. 


"Não você não esta morto.  Na verdade, você é o único humano que consegue entrar no inferno sem ter o corpo completamente tostado pelas chamas. A gente ainda não sabe, mas deve ser por causa do seus laços sanguíneos com demônios." Dizia ele com uma expressão pensativa. 


Eu continuava sem entender nada, 'laços sanguíneos com demônios', o que ele queria dizer com isso ? 


"Oh me desculpe, você não deve estar entendendo nada" Disse ele sorrindo maleficamente. "Seu nome verdadeiro é Loreoh, filho de Lúcifer... Deixe me explicar melhor.. Enquanto Lúcifer ainda estava no céu, ele se apaixonou por um anjo, o nome dela era Jéssica. Eles tiveram um romance proibido no céu, foi quando Jéssica engravidou de você. Acredite ou não, mas você é mais velho do que parece ser..." Dizia ele novamente com uma expressão pensativa novamente. 


"O que? Cara você ta viajando, eu só tenho 15 anos e me chamo Mike" Já estava começando a entrar em desespero. 


"Não, esse é o nome que seus pais adotivos te deram. Vamos reflita, você não se lembra de nada da sua infância, ou de casas de adoção certo? Isso porque seu pai apagou sua memória. 
Quando Deus descobriu o que havia acontecido, expulsou Lúcifer do céu e matou Jéssica, então Lúcifer decidiu que você ficaria no mundo humano até que você tivesse 15 anos. Se eu me lembro bem você tem dormido por séculos. E Só acordou quando completou 15 anos. Você diferente dos humano fica mais velho a cada Cinco mil anos. Eis que quando você acordou seu pai mandou eu procurar por você antes que os anjos te achassem, ele quer que você se alie a ele e destrua o mundo que o pai dele criou. Ele quer que você seja a mão direita dele para destruir a terra." 


Eu... não sei o que fazer. Eu só queria correr, mas não conseguia, eu só queria gritar pra alguém me tirar dali, mas não podia. 

"Eu não vou ajudar ele" Foi tudo que conseguia dizer no momento. 


Eis que então Lummeo começou a dar uma risada extremamente assustadora. Eu que já estava com medo, agora estava morrendo de medo, ele se contorcia de tanto rir, até que ele parou, e num olhar só disse :

"Infelizmente você não tem escolha" E sumiu. 


Eu fiquei em completo desespero, eu estava numa escuridão profunda, sozinho, sem ajuda... Eu só queria sair dali. 
Até que eu senti meu coração parar. Eu fui jogado contra o chão, eu não queria ver, eu não queria olhar, mas olhei. Havia dois olhos gigantes e vermelhos como sangue em minha frente, era o maior cachorro que eu já havia visto e ele estava em cima de mim, mostrando seus dentes afiados. 


"Ora, ora. Pelo jeito terei que tomar seu corpo a força, não é mesmo Loreoh?" Dizia aquele cachorro enorme, aquela voz infernal que quase fazia meus tímpanos explodirem. Então ele sumiu novamente. 
Tudo ficou silencioso por algum tempo. Até que então eu senti algo dentro de mim. Eu não controlava meu corpo eu... eu estava possuído. 


Oh... nada mal nada mal. Agora, vamos brincar um pouco
Dizia Lummeo dentro da minha mente. Foi aí que eu apaguei. 


E quando acordei, estava em casa, mas não parecia minha casa, estava bagunçada e havia sangue MUITO sangue. Foi aí que eu vi, o corpo de Lizie e o corpo da mamãe caídos no chão completamente dilacerados. 

"Eu fiz isso?" Disse caindo de joelhos no chão começando a chorar. 


Não seja fraco Loreoh, é apenas um pouco de diversão

Foi aí que eu percebi que Lizie ainda respirava. Eu precisava tira-lá dali, leva-la para um hospital. 
Peguei seu pequeno corpo nos braços com cuidado e sai em direção a rua. Já estava de noite, e a rua estava uma completa escuridão. Mas eu corria, para ajudar Lizie, era tudo minha culpa...
Eis que então algo dentro de mim pulsava, eu olhava o corpo de Lizie e sentia um certo desejo. Eu, eu queria comer todas as suas tripas, beber todo o seu sangue. 

Vá Loreoh, coma, é o seu destino, coma. 


Era difícil de resistir, o cheiro era tão bom ... 
Quando percebi estava devorando os restos de Lizie... Mas não me importava, pela primeira vez me senti vivo. 
Sempre fui muito desanimado e tudo me entediava, mas aquilo era bom, era aquilo que eu precisava desde o começo. 


SIM. ISSO COMA. SIM HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Eu não conseguia parar, eu queria mais e mais. Eis que então atrás de mim eu ouvi uma voz. 



"Ei , o que você esta fazendo aí?" Dizia um cara, com uma voz grossa atrás de mim. 


Droga, tenho que fugir, mas... mas... 


"EI !! O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO COM ESSA GAROTA ? SOLTE-A OU 
CHAMAREI A POLÍCIA" O mesmo cara dizia com uma voz num tom mais alto. 


Droga. Já era, tenho que fugir. 


Quando eu me preparava para correr uma risada maléfica ecoou atrás de mim. Lummeo havia saído do meu corpo e estava agachado em frente o homem como se demonstrasse respeito. 


"Olá mestre." Dizia Lummeo com a mão no peito e se levantando para olhar o homem nos olhos. 


"Lummeo a quanto tempo. Vejo que cumpriu seu trabalho direito." Dizia o homem olhando diretamente para mim. 


"Tudo por ti, oh mestre." Dizia Lummeo agachando novamente. 


Eis que então o homem, andou em minha direção, assim como Lummeo ele era extremamente charmoso, só que ainda mais. 


"Fico feliz em te ver Loreoh" Disse aquele homem me olhando nos olhos. 


Ele era extremamente lindo, uma beleza inacreditável, como um anjo, um anjo que havia sido expulso do céu. 
Não pode ser... 


"Senti sua falta, filho" Dizia ele agachando para pegar a minha mão.


Eu olhei, nos olhos daquele homem, senti como se gostasse do que eu realmente era, aquele homem, me fazia ter coragem para enfrentar a vida que eu tinha pela frente, me fazia me sentir ... alegre. Foi aí que pela primeira vez eu sorri. Olhei de volta nos olhos daquele homem, e sorri. 


"Olá Papai."